O DISCURSO SOBRE A VIOLÊNCIA SIMBÓLICA CONTRA A MULHER NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO
Palavras-chave:
Instituição de ensino. Violência. Dominação Simbólica. Mulher. Educação.Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a violência simbólica exercida contra as mulheres no espaço escolar. A violência simbólica contra a mulher faz parte do processo de reprodução da estrutura de dominação simbólica masculina, instituída pelo modelo de sociedade patriarcal brasileira que mesmo depois de séculos insiste em manter sua perpetuação nas instituições sociais, sobretudo nas instituições de ensino. A escola, após anos de luta, passou a ser considerada um ambiente feminino, em virtude de a mulher ter assumido o papel de “mãe” educadora responsável pela educação da nação. Todavia, vale destacar que isso só acontece por uma necessidade social de mudanças, assim a mulher assume o seu papel na educação. Apesar disso a violência simbólica direcionada ao sujeito feminino sempre esteve presente dentro das instituições de ensino, contudo nem sempre foi observada. O ensino faz parte de uma instituição social que tem por objetivo educar os sujeitos para manterem a ordem social vigente. Desse modo, o patriarcado se perpetua trazendo consigo discursos movidos pelo poder simbólico, dessarte a violência simbólica aparece como produto da manifestação de poder do sujeito homem em relação ao sujeito mulher. As mulheres são constantemente alvo de agressões verbais, humilhações, abusos morais e psicológicos que partem de todos os lados, entretanto tais atos são recorrentemente naturalizados pelos agressores, e, muitas vezes, também pelas próprias vítimas, pois, ambos nem sempre conseguem identificar a manifestação da violência simbólica. Por tudo isso para compreender melhor o assunto desenvolvemos este trabalho com base nos estudos de Bourdieu sobre a dominação masculina, o poder e a violência simbólica, entre outros autores.